A ansiedade quer tudo para ontem. O ontem já se foi e nem o vi passar, porque estava distraída pensando em como seria, presa em palavras, sentimentos (confusos?), de tão distraída, tropecei e esqueci o hoje, apenas sobrevivi a mais um dia. Quem sabe amanhã, será? Amanheceu, esperei acontecer, sonhei e no meu sonho, vislumbre, me perdi, no final não vi o tempo passar e lá se foi mais um dia.
Tempo precioso... que ao mesmo tempo une e separa, constrói e destrói, deixa detritos, ressentimentos, mágoas, saudades, amores.
Num sonho te encontrei. Não sabia se realmente era um sonho ou realidade, no fundo desejei que fosse verdade. Abri meus olhos e percebi que fora apenas um sonho intenso, cheio de amor e carinho (sentimentos há tempos repreendidos). Fechei os olhos rapidamente para não perder todo o sabor daquele momento e o beijei intensamente. Senti-me aliviada, amada, protegida...
Infelizmente ao me deparar com a vida real, vi que não é bem assim e continuo esperando... Esperando o anunciado, aliás, nem precisa ser anunciado, só um cego, (no meu caso uma infeliz apaixonada) não quer acreditar que o tempo passou e com ele todo o amor de outrora.
Tempo, nãos, espera... e esperei... ah, como esperei.
O tempo nos trouxe outros caminhos e decidimos pegar caminhos opostos e nada mais restou de um tempo que não volta mais e futuros mais que certos. O hoje? Vou deixar acontecer, assim como o futuro.
A senhora prioridade resolveu andar lado a lado com o tempo e lá se vão as trombetas anunciar o final feliz... só que não!!! Mas a felicidade está dentro de nós, portanto, vamos desbravar o mundo, outros lugares, sabores, corações... conquistar o possível e o impossível, pois somos meros descobridores. Depois de tanto tempo (olha o tempo aí de novo!) talvez ficaremos com o melhor de cada um.
Pensando nesse infeliz tempo, veio um sentimento de vazio, lágrimas quentes e ai meu Deus, nem posso acreditar! Uma trilha sonora que não ouvia a algum tempo e que nem condiz com nossas personalidades, mas quem sabe não possa acalmar.
Esse tal tempo nos trouxe: conquistas (pensa que é assim, tão fácil?), amizade, conflitos (foram muitos), cumplicidade (algumas), sorrisos, saudades, momentos especias, quebras de barreiras, paciência (haja paciência), bem... Foram tantas coisas, mas valeu a pena, principalmente pelo amadurecimento.
Agora, o que fazer com este novo tempo? Continuar como se nada tivesse acontecido. Continuar a fazer as mesmas coisas rotineiramente e não se preocupar se vai sobrar um tempo para o outro. Dedicar-se a outras coisas que deixamos de lado, que abdicamos e que realmente nos deixa feliz.
Enfim, o tempo está aí, seja como quiser, venha o que vier. Que sejam belos e novos tempos. Escolha o seu tempo. Ah, não esqueça que além de passar o tempo cura.
L.C.
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