25 de out. de 2012

..."Tempos em que os adornos valem mais do que o essencial. Tristes tempos. As amizases interesseiras têm prazo de validade. As relações são inconsistentes. É comum, em um círculo de amigos, cada qual falar de si mesmo como um hobby. Uma geralão narcisista. O pronome mais utilizado é o de primeira pessoa: "eu". Tristes tempos, repito.
     Tempos de escassez de atitudes de misericórdia - descartar uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação. Falta estima pelo ser humano. Vivemos em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa. Quanto mais se tem, mais se deseja e, quando não se tem, o desejo também faz questão de ficar"...

( ´Fragmento do prefácio escrito por Gabriel Chalita.Retirado do livro Ágape de P. Marcelo Rossi.)

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