24 de out. de 2012

Vícios

Acordei meio tonta, sinto um ardor, pulsar diferente em meu peito, nas minhas veias correm veneno, minhas pernas estão ficando bambas, preciso me apoiar.
Tento me manter calma, me manter firme e em pé, mas vejo que não consigo e começo a delirar.
Avisto o móvel antes claro, agora meio obscuro pela visão turva e deito-me. Não consigo me lembrar do que aconteceu e começo a ficar com a respiração ofegante.
Calores começam a subir, calafrios começam a aparecer e tudo parece rodar num instante.
Sinto borboletas saltarem do estômago, gosto de sangue na boca, corpo enrijecer.
Olho num pequeno espelho, não me reconheço.
A aquarela de cores deu lugar a palidez, no lugar dos lábios levemente avermelhados e adocicados está o branco e dos olhos sobraram apenas o vazio.
Acabou tudo, tudo se foi, último suspiro, desisto.
Sinto o cheiro da morte por perto....
Mas espere!!! Ainda ouço, penso, não posso desistir.
Volto meus pensamentos ao passado e relembro dos momentos felizes. Ainda há tempo de ser feliz.
Fecho meus olhos, vejo a imagem da Fênix e começa a batalha entre a vida e a morte.
Desfaleço, é o fim...
Ouço ao longe o cantar dos pássaros, sinto o cheiro da brisa do mar, cabelos ao vento, sol a me esquentar.
Desperto e vejo que ganhei mais uma oportunidade, a batalha foi vencida.
Aproveito as ondas do mar, deixo e peço que o vento leve tudo embora.



 "Atropelei os sonhos, venci as mágoas, convivi com os fracos, suportei os falsos e hoje sei a força que tenho para enfrentar qualquer obstáculo"

PS: não tentem entender.








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